terça-feira, 28 de abril de 2015

“No Escurinho do Cinema”

Ninguém tem paciência comigo, parafraseando o Chaves. Véspera de feriado de Tiradentes e decido ir ao cinema, lá no Espaço Itaú, no Bourbon Country. Chego e a fila para comprar os ingressos é enorme, uma piazada berrando e correndo. Torço para que não seja na sessão que pretendo ver, mas não, pois iria assistir a comédia-romântica “Um Fim de Semana em Paris”, e a criançada estava lá para ver “Cada Um Na Sua Casa”. Pego o meu ingresso e como ainda tem uns 30 minutos para começar o filme, vou dar uma volta na Livraria Cultura. Erro, pois acabo encontrando amigos e conhecidos e papo vai, papo vem, acabo me atrasando para entrar na sala 8. E quando o faço. o cinema está lotado. Como os lugares são marcados, vou na minha fila e ao chegar na minha poltrona, tem uma senhora sentada nela. A do lado está vazia. Bem, não vou brigar por um lugar. Aí peço com licença e ao passar pela senhorinha, acabo pisando no pé dela, já que o espaço para caminhar é mínimo. Levanto as mãos e peço desculpas, mas não adianta. Ela começa a berrar, me xingar: “Seu idiota, pisou no meu pé, imbecil, tu não enxerga”. “Minha senhora, me desculpe, foi sem querer”, digo. “Idiota, idiota, você fez por gosto”, berra a mulher dentro da sala. Eu quero que um buraco abra e eu possa entrar nele. E ela berrando. Eu sento na poltrona livre, ao lado dela. E a mulher me olha com uma raiva inacreditável e diz: “Do teu lado eu não fico, imbecil”, grita e levantando, trocando de lugar com um senhor que estava em outra poltrona. Deu, ali a sessão de cinema foi pro espaço pra mim. Passei as quase duas horas, encolhido, não achando graça de nada, por causa de uma atitude destemperada de uma pessoa, que além de tudo, estava sentada em meu lugar. Não sei o quanto teve de intolerância, racismo e outras coisas mais ali.

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