quarta-feira, 12 de agosto de 2015

ARRASTÃO

Nessa onda de assaltos à noite no centro de Porto Alegre, lembrei de um ocorrido há uns dois meses. Era domingo e saio do jornal por volta das nove e meia da noite para pegar o ônibus na Salgado Filho. Rua escura, quase ninguém. E na parada só eu. Então chega um rapazinho de seus 18, 19 anos e para do meu lado. Estou com os fones no ouvindo escutando meus rocks. E de canto do olho noto quando chegam mais seis caras, que encostam na parede. Depois de uns 10 minutos cansado de esperar o ônibus, vejo se aproximar uma lotação. Bem, é nela que decido embarcar. Quando subo, pago e sento, o motorista me chama: "Cara, olha lá!". Tiro os fones e pergunto: "O quê?". "Olha lá, estão assaltando aquele rapaz que estava contigo na parada". Olho para trás e vejo os seis caras que haviam encostado na parede cercando o guri, que estava entregando o relógio, o celular e a carteira para eles, que então saíram em desabalada carreira rua abaixo, entrando na Marechal Floriano. O motorista fala para mim: "Na certa esperaram tu entrar no lotação para roubar o guri". "Mas por quê?". "Cara, olha o teu tamanho, não quiseram pagar para ver a tua reação caso decidissem te roubar também".

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