Guaibadas é uma homenagem a Porto Alegre e o rio/lago que o circunda, cidade em que se passa a maioria das histórias que vou contar aqui. Histórias que aconteceram comigo, com amigos e amigas, com conhecidos e desconhecidos. Alguns causos são hilários, outros apenas divertidos, muitos são tristes, outros não tem nada de especial, mas mesmo assim devem ganhar a luz do dia. Enfim, um olhar sobre o porto-alegrense e suas loucuras.
sexta-feira, 12 de junho de 2015
“Terremoto”
Em 1997 conheci o Chile com uma antiga namorada. Foram quase duas semanas de infinitas aventuras. Para começar, quando chegamos a Santiago recebemos a notícia de que não chovia no local havia seis meses. Pois quando nos dirigíamos ao hotel, caiu o maior aguaceiro. E num outro dia, a gente decidiu dar uma volta pela cidade. Pegamos um mapa, subimos no ônibus e fomos para um velho forte de onde podíamos ver os Andes. E lá estamos neste forte, construído pelos espanhóis por cerca de 1750, como defesa contra os indígenas, e sinto um tremor . “Amor, o chão está tremendo”, digo para a minha namorada. “Ih, tu bebeu. Não tem nada tremendo”, diz ela. “Tá sim, estou sentindo”, repeti, ficando meio tonto. “Ah, deve ser a altura do forte”, fala ela. “Não”, insisto. E a terra treme e a guria não sentia. “Tá bom”, desisto. Pois chegamos no hotel e vem um casal de brasileiros que também estavam hospedados por lá. “Crianças, vocês viram o terremoto?”, pergunta o senhor. “Que terremoto?”, questiona minha teimosa namorada. “Teve um terremoto”, avisa ele. “Tudo tremeu aqui no hotel”, completa. Logo chega o gerente, querendo saber se estamos bem e avisando que o tremor foi de 6,5 graus. Não destruiu nada, só algumas rachaduras em alguns prédios e que estes tremores desta magnitude eram comuns. Olhei para minha namorada, com aquele sorriso de vencedor. “Não te disse?”, encerrei o assunto.
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