quinta-feira, 8 de agosto de 2013

“Maratona”

Nesta semana acompanhei a maratona da Maressah e da Aline na TV Ulbra, trabalhando direto mais de 30 horas. Nossa. Então recordo uma vez que decidi ver quanto tempo conseguiria me manter acordado, sem dormir um segundo. Eram os anos 1980 e eu estava na faculdade, passava as noites de sexta no Opinião, que ainda era um espaço tri-pequeno e aos sábados, quando sobrava uns trocados ia à Chuca comer pizza, dezenas de pedaços. Comecei a maratona na quinta-feira, logo após chegar das aulas na Unisinos. O destino foi um boteco na Osvaldo Aranha, os bares fechavam lá pelas seis, sete da manhã. De lá vou para a república onde morava na Duque de Caxias, banho, um gole de café preto, um pão com margarina, e de volta pra São Leopoldo. Na volta, direto pro Juizado de Menores, onde cumpria seis horas de trabalho no arquivo processual. Na saída, fui ao cinema assistir a um documentário do AC/DC no Cine Sesc, ali na Alberto Bins. O corpo ainda não reclamava cansaço, então fui ao Opinião. Para não quebrar minha maratona, só água mineral e coca-cola. Vou resistindo, Horas depois, já estou no Parque Saint-Hilaire, em Viamão, batendo bola. Quanto tempo ainda resistirei? Já são quase 48 horas. Sábado à tarde dou uma volta na casa de amigos e me entupo o máximo que posso de café preto. E à noite tem a danceteria Taj Mahal. As pernas já fraquejam, mas não quero me entregar. Quero chegar até o domingo à noite em claro. O jeito é não ir para casa, nem sentar no sofá. Consigo atravessar a madrugada de domingo dançando. A ideia é passar o domingo jogando futebol. E imagino que quando cair na cama, dormirei por dois, três dias seguidos. Finalmente domingo, onze e meia da noite. Deito. Melhor capoto. E às cinco e meia da manhã estou mais acordado do que nunca. Ligado no 220volts, E vamos de novo, Unisinos, Juizado de Menores...

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