Guaibadas é uma homenagem a Porto Alegre e o rio/lago que o circunda, cidade em que se passa a maioria das histórias que vou contar aqui. Histórias que aconteceram comigo, com amigos e amigas, com conhecidos e desconhecidos. Alguns causos são hilários, outros apenas divertidos, muitos são tristes, outros não tem nada de especial, mas mesmo assim devem ganhar a luz do dia. Enfim, um olhar sobre o porto-alegrense e suas loucuras.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
“Verdade”
Recém vivendo meu primeiro relacionamento mais sério. Estamos em casa, eu e minha namorada, sábado à noite, e a ideia é sair para dançar numa danceteria que na Cidade Baixa. Estou pronto há “horas”, sentado no sofá, vendo alguma coisa na televisão e nada de a minha guria ficar pronta. Com a comodidade natural, acabamos ganhando alguns quilos a mais. E finalmente lá vem ela, saindo do banheiro, longos cabelos negros, batom vermelho e envolta naqueles vestidinhos pretos tão comuns naquele período, acho que chamavam de tubinho. “Amor, estou bem?”, pergunta ela. Os meus olhos apaixonados confirmam. Ela está muito bem. “Mas tu não acha que eu estou um pouquinho cheinha?”, pergunta inocentemente. Eu fico olhando, olhando e falo, sem meias palavras. “Ah, amor, tu está com uma barriguinha”, digo, olhando para uma leve pancinha sob o vestido preto dela. Deu. “Tu me chamou de gorda, eu estou gorda?”, grita. “Não, não, só disse que tu está com uma barriguinha”, repito, merecendo ser chicoteado. “Eu não sou gorda!”, garante ela. “Eu não disse isso. Tu está bem”, tendo consertar, e não há conserto. Ela fica com um beiço enorme, vira as costas e volta pro banheiro. A noite acabou ali para ela, para nós. E ali aprendi que tem coisas que não devemos nunca dizer para as mulheres. Mas à época eu era um amador total. Agora sou só meio amador.
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