terça-feira, 20 de agosto de 2013

“Quando brota o amor”

Quando criança, lá pelos 7, 8 anos, chegava em casa após o colégio, e sozinho, só podia assistir televisão após almoçar e fazer os temas de casa. Obedecia só de medo no que poderia acontecer se a mãe e o pai chegassem em casa no começo da noite e descobrissem que eu não fizer o que eles haviam me determinado. A tevê era a minha babá eletrônica, e numa tarde de poucos deveres, estava sendo transmitido pela TV Difusora, atual Band, um filme que me marcou para sempre: “Quando brota o amor”, ou no original “Melody”, que também é o nome da música tema, dos BeeGees, antes da famigerada fase discoteca. O filme é de 1971. E a história é a seguinte: duas crianças de 10 anos, Melody e Daniel, se conhecem numa escola de Londres e apaixonam-se. Como os adultos não aceitam aquele romance infantil, os dois decidem fugir. E enquanto confabulam, sonham com o amor eterno. E viver juntos para todo o sempre, de terem filhos, de dividirem as alegrias e tristezas, de nunca magoar um ao outro. E sem querer, os dois almejam o que deseja a maioria dos seres humanos – encontrar a cara metade e ser feliz para todo o sempre. Aí a gente encontra a cara metade, e sonha só com coisas boas dali em diante, e faz promessas. Muitos ficam pelo meio do caminho. Mas como sou um romântico incurável, acho que a felicidade está logo ali à nossa porta, só esperando um empurrãozinho. E não custa nada lutar para ser feliz para todo o sempre. Ah, Melody e Daniel fogem, são perseguidos, e não desistem de seus sonhos.

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