segunda-feira, 1 de julho de 2013

“A irmã Parte 2”

Resisto a não ficar ligando pra Julia durante a semana, não quero parecer ansioso, embora meu coração esteja quase saindo pela boca. Na sexta-feira sei que tenho de ligar. E o nervosismo? Bem, ele é dono de meu corpo. Pego o telefone, começo a digitar os números e paro. Começo de novo, e paro, E se demorei demais e a Julia já tiver compromisso sábado à noite. Deve ter. Mulher assim não fica sem programação. Bem, seja o que os céus quiserem. Ligo e torço para ela não atender. Na minha consciência vai ficar aquela sensação de que pelo menos eu liguei. E a Julia atende. “Alô, oi”. Engulo seco. “Oi Julia, é o Chico, aquele amigo doido da Janice”. “Oi”. Resolvo não perder tempo. “Liguei para saber se tu tem algum compromisso amanhã à noite...de repente a gente poderia fazer algo...” Já espero o ah, que pena, mas ficarei em casa lavando a louça. E do outro lado, a Julia diz que adoraria fazer algo. Vibro. O problema é que não havia pensado em nada, pois não esperava escutar um sim. “A gente poderia comer uma pizza”, sugere ela, sem esperar minha sugestão. “Que horas eu chego”, pergunta a Julia. Como assim, que horas ela chega? Fico mais surpreso. “Sete, oito horas, ah, quando tu achar melhor”, digo. “Sete, sete horas. Me manda por email as coordenadas”, pede. Com certeza, penso. Serão cerca de 30 horas de tremenda ansiedade. Relaxa, man. Finalmente chega o sábado, seis e pouco e a Julia me liga. Viu, penso, fudeu, ela vai desistir. “Chico, vou demorar um pouco, cheguei há pouco do cabelereiro”, revela. Uhm, a Julia estava se produzindo. Isso dizia muito. “Tou no teu aguardo. Quando tu estiver chegando, me dá um toque que vou te pegar”, digo. “Pode deixar”.(continua)

Um comentário:

  1. Oi Chico, beleza?
    Estou acompanhando as tuas postagens no Blog e tá massa, até parece os antigos Fóruns da Revista ELE/ELA! ABraços Tamires Kopp

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