Guaibadas é uma homenagem a Porto Alegre e o rio/lago que o circunda, cidade em que se passa a maioria das histórias que vou contar aqui. Histórias que aconteceram comigo, com amigos e amigas, com conhecidos e desconhecidos. Alguns causos são hilários, outros apenas divertidos, muitos são tristes, outros não tem nada de especial, mas mesmo assim devem ganhar a luz do dia. Enfim, um olhar sobre o porto-alegrense e suas loucuras.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
“A Irmã Parte 5”
Eu e a Julia começamos a sair. Eu todo bobo por passear com aquela guria linda, de mãos dadas pelo shopping. Eu saía do jornal e ia correndo encontrá-la no Praia de Belas. Alucinado. Até que uma noite escutei a proposta. “Quer fugir comigo?” Como assim, fugir? Para que se éramos dois adultos, eu uns 10 anos mais velho do que ela. A Julia que viesse morar comigo. Eu a faria gostar de rock, e até suportaria uns pagodes de vez em quando. Só que ela não queria mais ficar em Porto Alegre, não curtia o clima da cidade, o frio e a umidade no inverno, o calor sufocante no verão. Queria ir para Santa Catarina, Rio, Nordeste. Na hora, sem pensar muito, só pensando naquela deusa, topei. “Só deixa eu achar um emprego em alguma cidade, antes de ir, né”. Afinal, chegar em outro lugar de mãos abanando, e eu nem tinha uma grana guardada para iniciar nova vida. E nem ela, que queria largar a faculdade. “Eu quero ir logo” , disse ela, que fazia um beicinho como ninguém. Ah, eu iria mover montanhas para me mandar com ela, disse. “Só tem uma condição”, fala ela. Estava demorando. O que será? “Como vamos prum lugar quente, não quero que tu me proiba de usar biquini”. Olhando aquele corpão, eu penso que evidente que não. “Mas por quê?” “O meu ex-noivo e o carinha que eu namorei depois dele me proibiam de usar biquini ou sarongue. Não gostavam nem que eu dançasse. Eu odiava aquilo”, revelou ela. Também, com aquele corpo, os caras deviam morrer de ciúmes. Será que eu seria igual? (continua)
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