Guaibadas é uma homenagem a Porto Alegre e o rio/lago que o circunda, cidade em que se passa a maioria das histórias que vou contar aqui. Histórias que aconteceram comigo, com amigos e amigas, com conhecidos e desconhecidos. Alguns causos são hilários, outros apenas divertidos, muitos são tristes, outros não tem nada de especial, mas mesmo assim devem ganhar a luz do dia. Enfim, um olhar sobre o porto-alegrense e suas loucuras.
segunda-feira, 1 de julho de 2013
"Funk"
Conheci a Monica num site de relacionamentos. Trocamos mensagens por uns três dias, trocamos fotos, até que ela pediu que eu ligasse para ela na sexta à noite, por volta das oito horas. Nessa hora estaria no jornal, mas tudo bem. No momento combinado, vou para a sacada, e faço a ligação. A Monica tem a voz bonita, e combinamos de nos encontrar duas horas depois, num barzinho na Cidade Baixa. Saído recentemente de um relacionamento que me destroçou, queria companhia, queria sarar a ferida. Passamos umas duas horas agradáveis, tomando coca-cola e comendo batatas-fritas. E a guria, mesmo com meu olhar macambúzio e ânimo de quem ainda não recuperou-se de um pontapé na bunda, quis me ver de novo no sábado. Ela morava perto do DC Navegantes, e lá fui eu atravessar a cidade. Jantamos, tomamos um chopp e tudo muito rápido, após uns beijos, a Monica me convida para ir pra casa dela. Vamos, né...só que definitivamente não seria uma boa ideia. Além de não ter esquecido minha ex-namorada...bem, chegamos no apartamento da guria. Ela pede para que eu sente, eu sento, e ela tira meus sapatos, meias, calça, camisa. Ela mesma fica só de calcinha. E põe um funk, daqueles cariocas, batidão, do mais baixo calão. O som invade a sala, e ela começa a dançar, dá a abaixadinha, põe as mãos na cintura, nas pernas. Sim, a Monica parece uma funkeira das mais experientes. E como é irritante. Evidente que se eu tinha algum traço de desejo, ele se esvai. Ele, se é que me entendem, se esconde bem escondidinho. Eu morro de vergonha por aquele mico meu e da guria, quero que tudo exploda. E não tem jeito. A madrugada se vai, e manhã bem cedo, tomamos um constrangedor café em silêncio. E fujo dali quando a neblina ainda é forte, para esconder a vergonha e aquela fatídica noite. (www.guaibadas.blogspot.com)
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