Guaibadas é uma homenagem a Porto Alegre e o rio/lago que o circunda, cidade em que se passa a maioria das histórias que vou contar aqui. Histórias que aconteceram comigo, com amigos e amigas, com conhecidos e desconhecidos. Alguns causos são hilários, outros apenas divertidos, muitos são tristes, outros não tem nada de especial, mas mesmo assim devem ganhar a luz do dia. Enfim, um olhar sobre o porto-alegrense e suas loucuras.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
“Insatisfeito”
Encontro meu amigo Ricardo, fotógrafo. “Chico, por que nós homens, somos eternos insatisfeitos?” “Mas o que houve, Ricardo?” O Ricardo conta que estava com uma namorada que era um sonho, tudo o que ele sempre imaginara. Carinhosa, dedicada, preocupada com ele. Ligava todos os dias, queria saber da saúde dele, preparava jantinhas, cuidava dele quando caia doente. E o Ricardo não suportava mais. “Me irrita o jeito dela. Quero algo caliente”. “Tá, mas o sexo não é bom?”, pergunto. “Até é, mas falta algo, se é que me entende!”. Putz, o pior que entendo. “Senta aí, Ricardo”. O Ricardo larga a câmera do lado. “Cara, parece que a gente gosta de sofrer. Daquela mulher que nos trata mal, que quando a gente liga, sai berrando o que queremos...’Que que tu quer Chico, agora não posso’!”, digo. “Isso, aquela que bate o telefone na nossa cara, que tá sempre ‘ocupada’, que tem ataques histéricos, de ciúmes, que nos ignora. Mas quando a gente vai pra cama, é uma doideira”, concorda o Ricardo. “Ricardo, o que posso dizer, bem, o ser humano é um masoquista”. “Chico, não dizem que as mulheres curtem mesmo caras canalhas? A gente não está atrás. Homem é que nem cachorro, gosta de ser acorrentado. Vou terminar com ela”, garante o Ricardo, levantando, pegando a máquina fotográfica e voltando ao trabalho.
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