Guaibadas é uma homenagem a Porto Alegre e o rio/lago que o circunda, cidade em que se passa a maioria das histórias que vou contar aqui. Histórias que aconteceram comigo, com amigos e amigas, com conhecidos e desconhecidos. Alguns causos são hilários, outros apenas divertidos, muitos são tristes, outros não tem nada de especial, mas mesmo assim devem ganhar a luz do dia. Enfim, um olhar sobre o porto-alegrense e suas loucuras.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
“Gente como a gente”
Tenho uma amiga que é uma gata. Linda, por onde passa nunca é ignorada pelos olhares masculinos, que a cobiçam sedentamente. Eu mesmo já lhe lancei olhares cobiçosos. Às vezes ela vai a algum bar ou restaurante, afinal curte os momentos de solidão, e sempre tem um carinha pedindo para sentar com ela e lhe pagar uma cerveja. "Não, obrigada", agradece ela. Atualmente está curtindo mais seus felinos em casa, ao lado de uma garrafa de vinho tinto. E mesmo quando está namorando, não abre mão de sua independência. Tanto que em muitas oportunidades, saiu para jantar na Cidade Baixa. E era fatal, levava uma cantada. Dizia então: "Bah, cara, tenho namorado". E sempre ouvia de volta: "Mas o cara é muito trouxa de te deixar aqui sozinha" ou então: "Mas cadê o carinha que deixa uma baita gata assim sozinha na noite...". Ela nem se dignava a responder. Então a turma está reunida, e uma amiga pergunta à ela: "Na boa amiga, como é isso de ser desejada por todos os homens?". "Mas o que tu está dizendo?" "Todos os caras te querem". "Jura, assim fosse...” “Ah, não te faz”. “Além de ser normal, até já fui expulsa da casa de um ex-namorado”, garante a linda, e todo mundo olha espantado. “Mas como assim?”, perguntamos. “Eu era apaixonada por um carinha, irmão de uma amiga, louca por ele mesmo. E consegui namorá-lo. E ele acabou comigo. Não acreditei, o cara me dispensou. Fui na casa dele, ele me pega pelo braço e me tira de lá, dizendo que não queria me ver nunca mais”, revela. “Chorei, chorei, e voltei lá, pedi que ele voltasse pra mim. Ele me pega pelo braço de novo, me põe num táxi, e repete pra mim não voltar. Eu voltei e fui expulsa de novo”, lamenta ela. Uma das gurias não resiste: “Mas quem era este carinha? Era o Gianecchini?”. “Há, há, há, não, mas era lindo”, garante, pegando o computador e abrindo o facebook. Todo mundo corre pra ver ela mostrar um carinha com a cara do...Matheus Nachtergale. “Ainda bem que tem gosto pra tudo”, finaliza alguém.
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