Guaibadas é uma homenagem a Porto Alegre e o rio/lago que o circunda, cidade em que se passa a maioria das histórias que vou contar aqui. Histórias que aconteceram comigo, com amigos e amigas, com conhecidos e desconhecidos. Alguns causos são hilários, outros apenas divertidos, muitos são tristes, outros não tem nada de especial, mas mesmo assim devem ganhar a luz do dia. Enfim, um olhar sobre o porto-alegrense e suas loucuras.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
A carona
Churrasco da turma da Ipanema FM na casa do Fernando Sorriso no Jardim Botânico. Inverno, fazia uns 8 graus. Eu fui direto, mas combinei com o Ernani Campelo que voltaria com ele, já que ambos morávamos na zona sul. Só que apareço com a camisa do Grêmio, e o Naninho é um cruzeirista fanático. “Assim tu não vai entrar no meu carro”, diz ele. “Tudo bem, eu me viro”, respondo. Lá pelas 3h da manhã está mais frio ainda, chovendo, e acabou a bagunça. Achando que o Montanha não falou sério, vou entrando no fusquinha dele. “Sai”, fala ele. “O que é, Naninho?”, retruco. “No meu carro tu não entra com esta camisa”, ameaça ele. Me faço de louco e me aninho no carro. O Naninho começa a me socar e repete que se eu quiser carona, só se tirar a camisa tricolor, o que me nego. Ele tem um acesso de fúria, sai do carro, e começa a chutar a porta do meu lado. Histérico. A galera tenta acalmá-lo, mas o Naninho não cede, começa a ficar vermelho. Saio do carro e pergunto. “É assim?”. “Sim, sim”, berra ele. Acabo pegando uma carona com o Cagê, e fico sem falar com o Montanha por uns dois anos, tempo que ele se muda pra Santa Catarina, e um dia me liga, pedindo emprego, pois quer voltar pra Portinho.
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