Guaibadas é uma homenagem a Porto Alegre e o rio/lago que o circunda, cidade em que se passa a maioria das histórias que vou contar aqui. Histórias que aconteceram comigo, com amigos e amigas, com conhecidos e desconhecidos. Alguns causos são hilários, outros apenas divertidos, muitos são tristes, outros não tem nada de especial, mas mesmo assim devem ganhar a luz do dia. Enfim, um olhar sobre o porto-alegrense e suas loucuras.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Oito de abril é Dia Mundial de Combate ao Câncer
Minha mãe é uma guerreira. Em 2008, eu ainda me tratando da porra de uma depressão, e ela chega e me diz estar com câncer num seio. E a dona Flora descobriu sozinha, ao fazer o teste do toque em casa. Vou com ela ao médico para receber o resultado dos exames. Sentamos e o médico abre o envelope. “Dona Flora, como dizer?”. “Pode falar, doutor, pode falar a palavra”. “Realmente, a senhora tem câncer numa das mamas”. Eu desabo no choro, e ela ali, impávida. O médico diz que tem tratamento, que tudo pode ficar bem. “Temos de retirar os cistos”, determina o médico. “Mas o câncer pode voltar?”, pergunta ela. “Sim, mesmo com a quimio ou a radioterapia, ele pode voltar”. “E se eu tirar totalmente o seio?”. “A chance de cura é quase 100%”, responde o médico. “Doutor, estou com 70 anos, velhinha, as tetas tão caídas, ninguém mais quer olhar e muito menos pegar elas, só o câncer, então vamos tirar tudo de uma vez”, raciocina a dona Flora. Eu e o médico temos de rir da lógica maternal. Hoje tá ela aí, lépida e faceira, sem parar um segundo qualquer. Curadona. Meninas, façam o auto-exame!
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