domingo, 7 de abril de 2013

Pagodeira

Lembrei hoje dessa história carregada de preconceito. Há alguns anos, separado e curtindo uma fossa, passei o ano novo na casa de uma amiga, descendente de alemães. Só um negão na festa, eu. E lá pela uma da manhã começa a pagodeira, que todo mundo sabe, detesto. Mas fico na minha, sentadinho num canto, tomando um refrigerante. Aí o pai dela, um alemão de quase dois metros, vem falar comigo: “Aí Chicão, não vai lá na roda mostrar para o pessoal o que a tua raça sabe fazer?” Putaqueopariu...chamo a guria e pergunto onde fica a sala de televisão, para onde me retiro. Da próxima vez, vou levantar e dizer: “É isso aí pessoal, acabou a brincadeira. Isto é um assalto, todo mundo pro banheiro, e me entreguem celulares, bolsas, relógios e carteiras”. Se é pra apatifar...

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