quinta-feira, 11 de abril de 2013

Bob Pai e Bob Filho

Piá, fui a um jogo do Grêmio à noite no Olímpico com meu pai lá no final dos anos 1970. Inverno, chegamos em casa congelados e famintos, e fomos direto pra cozinha. A gente vê sobre o fogão um panelão com um carreteiro ainda fumegante. O pai pega os pratos, os talheres, nos serve e devoramos aquela gostosura. Literalmente lambemos os beiços. Na manhã seguinte, na hora do café – ah, bela época em que as famílias ainda tomavam café juntinhas -, a mãe pergunta pra gente: “Vocês já alimentaram o Toddy (o cachorro foi batizado com o nome de minha bebida preferida à época)?”. “Não”, respondo. “Estranho, então onde foi parar a comida dele? O panelão estava vazio...”. O meu pai me olha, com os olhos arregalados, e o gole de chocolate, sim, criança não tomava café, desce amargo. Sim, o pateta e o patetinha comeram comida de cachorro, quase uma lavagem...recém começavam a fabricar comida industrializada para os bichanos da casa, e os bichos ainda comiam as sobras da família...mas tava bom pra caramba...

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