quinta-feira, 18 de abril de 2013

Eu não podia adivinhar

Coisas que com o tempo aprendemos a fazer: não perguntar como está o cônjuge de alguém conhecido. Lá vou eu na Rua da Praia me dirigindo pro Correio do Povo, quando encontro o marido da Soninha, uma amiga de infância. E o cara é meu xará. Nos cumprimentamos e eu, que estou sempre rindo, pergunto da mulher dele. “E aí xará, e a Soninha, hein?”. O Chico me fuzila com os olhos, e não poupa ofensas. “Tu é um filho da puta, mau caráter, filho da puta, filho da puta!”, berra o carinha, saindo furioso pela Rua da Praia, e eu sem entender nada. O que será que fiz? Só vou entender dias depois quando encontro outro amigo em comum, o Gilson. Conto a história, e ele me esclarece. “Cara, ele foi expulso de casa pela Sônia, ficou só com a roupa do corpo, e acho que ele pensa que tu sabia da história e estava tirando sarro dele, ainda mais que tu tá sempre rindo”, explica o Gilson. Aí cai a ficha. O meu xará achou que eu estava zoando dele. Mas como eu iria adivinhar? Então é o seguinte, não se pergunta como está a mulher de alguém, o marido de alguém, como está aquele parente que encontrava-se doente...

Nenhum comentário:

Postar um comentário