domingo, 7 de abril de 2013

Caipira

Histórias de meu cotidiano. Estou eu na parada esperando o ônibus, o lotação, o que vier primeiro, para ir trabalhar. Para não perder o costume, escutando música no ipod, quando uma senhora me chama. Tiro os fones: “Sim?”, pergunto. “As bainhas de sua calça estão embaixo das meias...”, avisa ela. Olho para baixo e, realmente, parece que eu estou pescando peixinho em água rasa, um matuto que chegou da roça ontem. Agradeço e comento: “A senhora vê a falta que faz uma mulher na vida de um homem. O cara fica relapso e nem nota como sai de casa, todo desarrumado”. Ela responde: “Meu filho, saia de casa no carnaval, se mostre, que você vai achar aquela garota especial”. “Ih, tá brabo, eu e carnaval não combinamos”, digo. “Ah, não desista, vejo algo legal para você nos próximos dias”. Chega o ônibus e ela finaliza: “Desculpe me meter na sua vida, mas você parece ser uma pessoa tão boa, emana algo bom. Torço por você”. Só me resta agradecer e ficar torcendo para que aquela senhora esteja certa. Ah, claro, arrumei as bainhas da calça.

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