quinta-feira, 20 de junho de 2013

“Beliscão”

Minha namorada ciumenta mandava recado sempre. Festa de final de ano do Correio do Povo no Chopão, lá no Beira-Rio. Na mesa eu, ela, o Elio Bandeira, o Ilgo Wink, e outros colegas e amigos que não recordo. São mais de 100 pessoas, de todos os setores do jornal. Nisso, chega a Fernanda. Olha procurando lugar e pessoas mais chegadas e nos vê. Abre um sorriso, abana e vem vindo em nossa direção. Aí minha namorada me dá um beliscão, forte, e ameaça: “Se tu cumprimentar esta vagabunda, nós vamos embora”. “Mas ela é minha amiga”, digo. “Não, ela não é tua amiga. Não é nada. E eu sou tua mulher. Me respeita”, ordena. Baixo a cabeça. E a Fernanda chega, olha pra gente. “Oi, pessoal”. O Elinho levanta e dá três beijinhos nela. “Oi Chico”, diz a Fê. Eu viro pro lado, e silencio. A Fê fica parada, não acreditando na minha atitude. E desiste de ficar ali, com a gente. “Muito bem, gostei. Nada de falar com esta vaca”, agradece minha namorada. E eu quero morrer. Uma hora depois, quando a galera começa a dançar e a receber os presentes, ela me olha e ordena. “Deu, vamos embora, cansei disso tudo”. Obedeço direitinho, e vou pra casa, bem encoleirado.

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