quinta-feira, 20 de junho de 2013

“Gay”

Dando uma banda do Zaffari do Bourbon Country (cântri, como ensinou a Paula Gonçalves) com o Rodriguinho, a Mariane e o Eduardo, que trabalham lá na Livraria Cultura, e a galera compra pão, vinho, parece que estamos indo pra Santa Ceia. Nisso passa uma mulher linda bem na minha frente, e além de ficar admirando aquela beleza desfilando pelos corredores, comento com o Edu, que conheço desde os tempos do Sintrajufe: “Minha nossa senhora, olha que coisa maravilhosa, que estrago iria fazer com ela lá em casa”, lambendo os beiços. O Edu arregala os olhos, espantado. O que será que ocorreu? “Chico, tu gosta de mulher? Desde quando?”, pergunta ele. Aí é a minha vez e do Rodriguinho de nos espantarmos. “Como assim, se eu gosto de mulher? Desde sempre”, digo. “Cara, eu sempre jurei que tu era gay”, garante ele. “Tu tá de brincadeira, né?”. “Não”. O Rodriguinho e a Mariane caem na gargalhada, e eu fico ali, tentando imaginar porque o Edu achava que eu era gay.

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