domingo, 12 de maio de 2013

“Abelha Rainha”

Uma amiga minha, mãe de uma guria, já na faixa dos 20 anos, conheceu um carinha, e viu nele o genro perfeito. Cara culto, artista, inteligente, bonito, 30 anos. Sem dúvida, iria apresentar o rapaz para a filha. Ela armou todo o plano, marcou jantinha em casa, abriu o jogo com o possível futuro genro. Não iria colocá-lo numa fria,né? E vai o carinha se sentisse pressionado ou enganado a chegar na casa dela e sacasse a armação. Então foi sincera. E ele topou, afinal de contas a filha de minha amiga é muito bonita. No sábado à noite, o cara chegou lá, levando uma garrafa de vinho. Sentou no sofá da sala, enquanto a minha amiga preparava a janta. Nada da filha aparecer. Afinal, a guria decidiu fazer uma preparação especial. Aí minha amiga chega na sala, começa a colocar a mesa, e o carinha observando, meio tenso. “Daqui a pouco minha filha chega”, diz ela, abrindo o vinho e servindo duas taças. O carinha levanta, brinda, e fica olhando pra ela. “Tu vai gostar muito da Fátima”, garante ela. Aí o carinha não aguenta mais, larga a taça na mesa e beija ela, que fica paralisada, surpresa. “Eu não quero a operária, eu quero a abelha rainha”, dispara o cara, não deixando ela escapar. “Tá bom, minha filha demorou, bailou”, pensa ela, deixando se levar. Quando a filha chegou, era tarde. Minha amiga e o futuro genro tornou-se o marido dela. A filha teve de correr atrás de outro.

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