sexta-feira, 24 de maio de 2013

“Vampiro”

Há alguns anos fui viajar com uma namorada. Nós estávamos naquela fase intensa da paixão, trepando em qualquer lugar que desse. Pois estamos programando um dia de intensas caminhadas pela cidade que visitávamos naquele momento, quando começa a cair um tremendo temporal. Olhamos pela janela, e era tanta água que não dava para ver nada lá fora. O jeito foi abortar o passeio e ficar deitadinho na cama, escutando música. Naquela manhã a minha namorada havia menstruado, então fazer sexo estava fora de questão...não totalmente, pois certas coisas não ficam inviabilizadas, se é que me entendem. A guria não perdeu tempo e fez um ótimo trabalho com a língua em meu pau. Terminado o boquete, ela não quis ser penetrada. Pediu algo mais impensável naquele momento. “Amor, me chupa”. Olhei para ela, pensando ser brincadeira, mas não, não era. Ela queria mesmo que eu colocasse a língua em sua vagina. “Tu tá menstruada”, lembrei. “Mas eu quero sentir tua língua na minha buceta”, gemeu ela. Ah, o amor. Não me fiz de rogado, coloquei-me em posição e avancei, para um segundo depois levantar a cabeça, enjoado e quase vomitar por causa do cheiro. “Não dá, não dá...tá com cheiro de podre”, eu disse. Não dosei as palavras, que acabaram por magoar a menina. Ela não disse nada, simplesmente começou a chorar, levantou, colocou a roupa e saiu porta fora. Aí sim ordenou: “Não me segue, não me segue”. Obedeço, fico sentado na cama e ela sai debaixo de toda aquela chuva torrencial. Duas horas depois, a guria volta, toda molhada, deita e me abraça. “Tu não é vampiro, eu não sei o que estava pensando”. E passa o resto do dia chorando.

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