Guaibadas é uma homenagem a Porto Alegre e o rio/lago que o circunda, cidade em que se passa a maioria das histórias que vou contar aqui. Histórias que aconteceram comigo, com amigos e amigas, com conhecidos e desconhecidos. Alguns causos são hilários, outros apenas divertidos, muitos são tristes, outros não tem nada de especial, mas mesmo assim devem ganhar a luz do dia. Enfim, um olhar sobre o porto-alegrense e suas loucuras.
terça-feira, 14 de maio de 2013
“The Lady’s Man”
O Fabrício andava numa tremenda maré de azar em relação às mulheres. Não pegava nada, mesmo. E isso começava a incomodar. Numa noite, eu, ele, o Ilgo, o Possas, o Hiltor e o Leandro fomos tomar umas cervejas na Cidade Baixa. Num barzinho lá na Lima e Silva, estamos conversando animadamente, quando chega uma cigana, e pede para ler a sorte da gente. Recusamos, ela então tenta nos vender souvenires. De novo dizemos não. Então ela olha pro Fabrício e afirma, convicta: “Loirinha, tu é bicha, né?”. Bem na nossa frente. Não perdoamos. Risada geral. Horas depois, naquela mesma noite, alguém sugeriu de a gente ir no Dr. Jeckyll, que vivia o seu auge. O Hiltor e o Possas, que não são chegados em danceterias, pularam fora. Então fomos eu, o Ilgo, o Leandro e o Fabrício. O local estava cheinho, um monte de mulheres lindas. Paramos num canto, perto da escada, continuando a nos entupir de cerveja, quando passa uma loiraça. Ela encara o Fabrício, que abre um sorrisão e pensa, oba, me dei bem. Mas acontece exatamente o contrário. A guria para do lado dele, e dispara cruelmente: “Tu é gay, né?”. Putz, duas vezes na mesma noite. Que acabou ali para o Fabrício. Dias depois, o Ilgo chega na redação e entrega um presente pro polaco. Um livro de umas 500 páginas, intitulado “Como conquistar garotas”. O que acontece? O Fabrício aceita na boa a brincadeira, leva o livro para casa, e semanas depois conhece no mesmo Dr. Jeckyll a futura esposa, a Alessandra. Depois disso, a galera começou a pedir o livro emprestado para o Fabrício, mas ele nunca cedeu aos apelos.
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