Guaibadas é uma homenagem a Porto Alegre e o rio/lago que o circunda, cidade em que se passa a maioria das histórias que vou contar aqui. Histórias que aconteceram comigo, com amigos e amigas, com conhecidos e desconhecidos. Alguns causos são hilários, outros apenas divertidos, muitos são tristes, outros não tem nada de especial, mas mesmo assim devem ganhar a luz do dia. Enfim, um olhar sobre o porto-alegrense e suas loucuras.
sábado, 25 de maio de 2013
“E aí, brô”
Aconteceu agora há pouco. Fui pegar o ônibus ali em frente ao Gasômetro, e tinha um carinha sentado no banco da parada, puxando um fuminho e batendo cabeça, pois estava com fones de ouvido. O que estaria escutando? Eu sento dois bancos do lado, e ponho meus fones de ouvido. O cara faz um sinal, me chamando. Tiro os fones. “Sim?”. “E aí brother, o que tu está escutando aí? Tá ouvindo a Ipanema? Eles tão tocando Nirvana”, informa. “Não, estou escutando Exodus”, respondo. “Massa, Bob Marley”, vibra o carinha. “Nós, maconheiros sabemos o que é bom, né?”, continua ele, fazendo o sinal de positivo pra mim. “Ops, tu tá enganado, não estou ouvindo Marley, aliás acho reggae uma chatice monumental”, acrescento. “Mas é Exodus, baita disco”, diz ele. “Não, Exodus, a banda de heavy metal”, digo. ”Não, não, Exodus é o disco do Bob Marley”, insiste. Levanto e deixo ele escutar o meu Exodus. “Ah, é metal, parece Pantera”, analisa ele. “Não parece não, mas deixa assim”, falo. “Tu não curte Marley, mas pelo menos é maconheiro”, conclui. Não sei daonde ele tirou esta ideia numa noite de sexta-feira. Mas não foi a primeira nem a última vez que sou incluído no clube.
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